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Mudando de opinião

Manhãs de sábado têm sido bastante previsíveis para mim: roupa de treino, cafe, escolher um podcast e fazer minha corrida. Nas últimas semanas, por obvias razões, tenho sempre optado por ouvir analises sobre o mercado de energia, mas ontem, em uma tentativa de ignorar os incontáveis problemas geopolíticos que estamos vivendo, resolvi ouvir um episódio de Freakonomics com o titulo mais "cheap" possível: How to Change Your Mind.

Comecei a ouvir o episódio sem grades expectativas, 48 minutos (tamanho ideal para minha corrida) e eu já estava esperando algo bem clássico: 48 minutos de como defendemos nossas opinões por medo do julgamento de terceiros, mesmo quando sabemos que estamos errados, toda a questão sobre ego e os benefícios que mudar de opinião podem proporcionar quando voce se desprende do orgulho, e tenta analisar a situação de uma forma mais elevada e sem pre-conceitos.

Play. Stephen Dubner, Freakonomics host, começa o show entrevistando Robert Sapolsky, neurocientista Professor em Stanford. Professor Robert, com sua dicção perfeita e uma voz muito tranquila, inicia contando como, aos 14 anos, ele, vindo de uma familia judia ortodoxa extremamente religiosa, se da conta que Deus e livre arbítrio não existem e de como ele fingiu ser religioso para o pai até a morte do mesmo, quando Robert ja estava com seus +30 anos.

Robert explica que seu fingimento evitou que o pai ficasse com o coração partido, o Professor sabia que não adiantaria ter uma discussão sobre religião, dado que as pessoas são menos abertas a novidades quando mais velhas. Até esse momento do podcast nada de novo, apenas admirei a capacidade do Professor de evitar sofrimento a uma pessoa querida, e pensei "ainda sou jovem e portanto mais aberta a novidades".


Minha supresa veio imediatamente depois, quando Professor Robert de certa forma define a janela humana de abertura para o "novo":

"O que você acaba vendo é que basicamente se você não estiver ouvindo um certo estilo de música aos 28 anos, 95% de chance de nunca ouvir. Aos 35 anos, se você não está comendo sushi, 95% de chance de nunca comer. Em outras palavras, essas janelas de abertura à novidade se fecham. Mas então, como biólogo, o que me surpreendeu é que você pega um rato de laboratório e observa quando em sua vida ele está disposto a experimentar um novo tipo de comida – e é exatamente a mesma curva! O equivalente a ratos de laboratório de 10 anos odeiam brócolis tanto quanto humanos de 10 anos. E no final da adolescência, início da idade adulta, há esse desejo repentino de novidade. E é aí que os primatas pegam e deixam suas tropas de origem e se transferem para novas. E então, quando você for um rato adulto de meia-idade, nunca mais tentará nada de novo pelo resto da vida. É exatamente a mesma curva"


Sim, fiquei chocada. Ainda não tenho 35, mas também já não tenho mais 28.


Stephen continua o podcast entrevistando mais neurocientistas e desenvolvendo o conceito de como nosso cérebro, apesar de menos propício a receber positivamente novidades/mudar de opinião, está constantemente se reconectando de maneiras importantes e sujeito a novas experiencias sensoriais quando aprendemos algo novo, seja algo profundo ou algo idiota.


Terminei a corrida e o episódio pensando em tentar algo novo, mesmo que pequeno e daí veio a vontade de escrever, em português, de uma maneira bastante honesta sobre o que eu ouvi nessa manhã de Sábado e também Domingo, dado que passei o dia vendo entrevistas do Professor Robert sobre os mais variados aspectos, desde testosterona, livre arbítrio e stress até "nós" vs "eles" em conflitos militares... Deixo o link do podcast e das melhores entrevistas embaixo. Obrigada. Links

https://freakonomics.com/podcast/how-to-change-your-mind/

https://www.youtube.com/watch?v=yk5RDy6xFJQ

https://www.youtube.com/watch?v=DtmwtjOoSYU

https://www.youtube.com/watch?v=3O61I0pNPg8


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